quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Jantar de Natal da família INSIGNARE 2010


21 de Dezembro foi o dia escolhido para o Jantar de Natal da família INSIGNARE. Os preparativos começaram cedo nas instalações da Escola Profissional de Ourém. Alunos dos cursos de Cozinha/Pastelaria, deitaram mãos à obra para proporcionar a todos os que iriam chegar à noite, um jantar repleto de iguarias saborosas.

A equipa de Restaurante/Bar estava também em campo, enfeitando as travessas e polvilhando a mesa principal com os doces de fazer crescer água que os convidados iam trazendo, em sinal de partilha, própria da época e das festas da casa. E porque partilhar

é bom, deram-se abraços, abriram-se sorrisos, brindou-se à saúde dos presentes e dos que, por motivos vários, não puderam estar nessa noite. Estiveram presentes colaboradores das diferentes áreas funcionais ligadas à INSIGNARE, desde Escola Profissional de Ourém e Escola de Hotelaria de Fátima; colaboradores do Centro de Formação Contínua e Centro de Novas oportunidades; familiares e amigos num momento sempre importante do ano. Não faltaram as “Christmas carols”, brincadeiras para os mais novos e muita animação proporcionada pelas alunas do Curso Animador Sociocultural, bem como Karaoke para os mais corajosos. No fim, uma lembrança…Modesta mas com um pouco de tudo: um cabaz onde não faltou chocolate para adoçar o Natal e passas para os desejos de Fim de Ano. Fazem falta momentos assim, momentos de partilha, de pequenos gestos, onde o sorriso sai espontâneo e a melhor prenda que se pode receber é mesmo um olhar sincero de agradecimento e um abraço de apreço e amizade. Obrigado a Todos. Um Santo e Feliz Natal!


"NATAL... Natal...
Na província neva.
Nos lares aconchegados,
Um sentimento conserva
Os sentimentos passados.
Coração oposto ao mundo,
Como a família é verdade!
Meu pensamento é profundo,

'Stou só e sonho saudade.
E como é b
ranca de graça
A paisagem que não sei,

Vista de trás da
vidraça
Do lar que nunca terei!"
Fernando Pe
ssoa

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Por Portugal


Pelas redes sociais vou descortinando breves comentários sobre aquilo que outros países, caídos em semelhante desgraça económica, vão equacionando fazer para se livrarem de uma eminente falência e das nefastas consequências que se lhe seguirão. Admito prestar pouca atenção aos doutos comentários das nossas permanentes figuras televisivas que normalmente acertam sempre porque para eles “prognósticos só no final do jogo”, vomitando uma inesgotável verborreia, sobre tudo e sobre todos, típica daqueles que apenas falam sem nunca nada terem feito. Admito ler de menos, o que lamento, mas que me vai assegurando uma sanidade mental mínima e uma opinião própria, que cultivo e estimo. Gosto de idealizar, inovar, projectar, construir, consolidar, em suma, trabalhar. E talvez por isso gosto cada vez mais daqueles que fazem o mesmo, ou talvez mais ainda, não tendo qualquer disponibilidade para a maledicência, a inveja, a hipocrisia e a mentira. Não gosto dos que têm medo de ter opinião e se escondem na ambivalência das palavras e no comodismo da nossa alternância partidária. Gosto de gente corajosa e de atitude positiva, que não passa a vida a lamentar-se daquilo que alguém devia ter feito por ela ou a procurar para o sucesso dos outros as maquiavélicas justificações e caladas acusações. Gosto de gente simples e solidária. E gosto tanto, que acredito lhes estará reservada a missão de levantar das cinzas os restos deste nosso pequeno País, varrendo definitivamente uma classe política oportunista e gasta, consumida nas suas próprias incoerências e apenas mantida pela ignorante preguiça deste Povo.
Outros países vão equacionando corajosas medidas para reduzir os seus níveis de despesa, abrindo ao debate público medidas que por cá todos dizem concordar mas ninguém tem coragem política de publicamente abordar, quanto mais implementar. Reduzir o número concelhos, procurando coerência territorial, melhores serviços e menos gastos. Adequar o seu número de trabalhadores às reais e urgentes necessidades das populações. Fechar instituições públicas de duvidoso interesse colectivo e fundir outras que pela similitude da sua actividade assim o permitam. Acabar com os Governos Civis. Aligeirar a pesada máquina político-administrativa instalada em Lisboa, reduzindo o número de ministérios, secretarias de estado, institutos e tudo aquilo que daí deriva e aí encontra a sua sustentação, lá ou discretamente espalhado por todo o País.
Não temer atitudes de exigência e esforçado rigor. Ensinar aos nossos jovens a superior honra que é o trabalho, libertando-os do facilitismo para onde os conduzimos nesta metafórica epopeia de acreditarmos ser mais ricos do que aquilo que realmente somos (o Relatório Pisa, da OCDE, comprova que os nossos jovens com 15 anos são hoje melhores, tendo evoluído no domínio dos conceitos elementares de ler, escrever e contar). Distinguir socialmente o voluntariado e promover a inovação e a iniciativa. Recolocar o País e o seu Povo no difícil caminho da realidade, e acreditando, iniciar a reconstrução de um novo paradigma social, dignificando o nosso Passado e projectando o nosso Futuro.
Tudo isto, apenas isto, por Portugal.

Francisco Vieira
Director Executivo da Insignare
In Jornal de Leiria 09 de Dezembro de 2010

Escola Profissional de Ourém promove OFICINA de INFORMÁTICA

A Escola Profissional de Ourém tem como missão dotar profissionais capazes de se integrarem num mercado cada vez mais exigente. Por considerar que o exercício prático da profissão não deve ser apenas um complemento da pós-formação dos seus alunos e sim um elemento constituinte dessa mesma formação, lança agora a OFICINA de INFORMÁTICA.
A OFICINA de INFORMÁTICA é um espaço criado para todos os cidadãos, dentro das instalações da EPO, em Ourém onde, todas as quartas-feiras, das 14h00 às 17h00, os nossos alunos de Informática estarão ao vosso dispor para a prestação de serviços que são grátis. Na OFICINA de INFORMÁTICA poderá encontrar serviços abrangentes: Diagnósticos; Recuperação de dados (Pens ou Discos Rígidos); Instalação/Actualização do Antivírus; Limpeza de Vírus; Instalação e configuração de acesso à internet; Restauração do sistema sem perder dados e ainda a criação de sites funcionais, simples e inteligentes.
Esta iniciativa, organizada pelo Curso Técnico de Gestão de Equipamentos Informáticos, tem como objectivo a aproximação da comunidade à escola e o desenvolvimento profissional e cívico dos nossos alunos.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

EP'AVENTURA - Uma primeira experiência

No dia 1 de Dezembro, o Clube EP’AVENTURA da INSIGNARE organizou um percurso pedestre pelo Planalto de Santo António, em plena Serra d’Aire. Percorreram-se cerca de 20 km em 4 horas e meia, cumprindo dois percursos: o da Fórnea e o do Castelejo.

A hora prevista para o encontro eram as 9:00h, mas as preocupações começaram algumas horas antes com a chuva intensa que se fazia sentir… Como seria fazer uma caminhada sob aquela chuva?? Todos os participantes se interrogaram. Todos, ao ouvir a chuva cair aconchegados nas suas camas, preferiam que o programa fosse cancelado… mas nenhum deu parte fraca, e à hora prevista todos compareceram para uma primeira aventura do Clube.

Apesar da noite marcada pela chuva torrencial, o dia amanheceu bonito. O sol brilhava e a temperatura, ainda que de Inverno, não estava tão severa como esperado.

A caminhada iniciou no Centro de Actividades ao Ar Livre em Alvados… mesmo no sopé da Serra, por um caminho de terra batida, circundado por terrenos onde Oliveiras carregadinhas de azeitonas esperavam que a mão do Homem as aliviasse de tamanho peso.

Aos poucos a inclinação foi aumentando, o caminho de terra foi desaparecendo, e os sapatos foram-se enterrando em terrenos onde a terra, molhada pelas chuvas recentes, se afundava sob os pés.

A primeira paragem teve como cenário uma queda de água em pleno vale da Fórnea. Uma paisagem magnífica que se fez anunciar pelo som incomparável e relaxante de água a cair que se começou a ouvir muito antes de se ver.

Após esta pausa, aproveitada para muitas fotografias, a caminhada complicou-se… e o grau de dificuldade aumentou substancialmente. O ritmo das passadas ia elevado. O pelotão da frente seguia distanciado dos que encerravam o grupo. Mas a subida íngreme que se aproximou e que marcou a etapa mais difícil de todo o percurso colocou um travão nas passadas apressadas. Quase a pique, do sopé ao cimo da serra, por um caminho improvisado de pedra solta, que resvalava por baixo dos pés ameaçando pequenas avalanches, o ritmo foi diminuindo, alternando poucas e vagarosas passadas com muitos períodos de descanso. Mas à medida que o corpo (sobretudo as pernas) ia perdendo a sua vitalidade, esta ia sendo compensada pela paisagem fantástica que surgia com a altitude.

Barretes, luvas, cachecóis, casacos e várias camadas de roupa protegiam o corpo. Todos vinham preparados para mais um dia rigoroso de frio… Mas o esforço necessário para esta etapa inicial obrigou a tirar os excessos de roupa. Os barretes, as luvas e os cachecóis foram os primeiros sacrificados. Seguiram-se algumas camisolas e casacos. Houve até quem continuasse caminho com uma leve T-shirt ou mesmo em manga curta.

Após a dura prova inicial, o passo voltou ao seu ritmo acelerado. Por montes e serrados… por terrenos pintados de verde e caminhos de pedra… sozinhos ou ladeados por cavalos, vacas, ovelhas e cabras… a conversa animava cada passo que se dava e as paisagens enchiam os olhos e estimulavam o espírito.

Nos últimos 20 minutos, com a fome a aumentar e a chuva, finalmente, a cair, o passo apressou-se ainda mais, apesar das pernas já muito cansadas e do corpo sobejamente castigado.

No final do percurso esperava-nos um quente e reconfortante almoço. Uma sopa de legumes a fumegar, bacalhau assado com batata a murro e migas, pudim ou arroz doce, e um café para aconchegar… Não sem antes, o grupo de aventureiros esfomeado ter esgotado, num ápice, todas as entradas colocadas em cima da mesa: croquetes, pastéis de bacalhau, queijo seco, azeitonas e pão.

O dia encerrou ao som do acordeão. E ainda houve quem tivesse disposição para uns passitos de dança… o mesmo que por ser demasiado apressado se distanciou tanto do grupo que se perdeu e correu o risco de ficar sem almoço. Valeram-lhe os prestáveis donos do restaurante “Flor da Serra” que, incansáveis, calcorrearam os caminhos mais próximos em busca do membro perdido… convencidos que de um aluno mais estouvado se tratava. Mas o quanto estavam enganados, porque o elemento perdido, com uma idade que ronda os 30 anos, há muito que deixou para trás as desventuras da adolescência, e hoje é um membro respeitadíssimo da família INSIGNARE… uma doce pessoa.

Campanha "Hoje é Natal"


Natal...Uma palavra mágica para muitos, carregada de significado e simbolismo, um dia igual para tantos outros, marcado pela carência de bens e afectos. Mas o Natal para nós não se restringe a uma época do ano.


A insignare irá dinamizar uma campanha denominada "Hoje é Natal" ao longo de todo o ano lectivo 2010/2011, com o objectivo de angariar produtos alimentares não perecíveis, roupa e brinquedos, a serem entregues regularmente a 18 famílias carenciadas do Concelho de Ourém.

Neste sentido convidamos todos os que fazem parte da família insignare a juntarem-se a esta campanha e, desta forma, contribuírem para levar um pouco de alegria à vida daqueles que nada têm.

Todos nós, família, amigos e conhecidos juntemos esforços no sentido de tornar o Natal uma comemoração diária…Porque TODOS temos esta responsabilidade social.

Como escreveu Ary dos Santos, “o Natal é quando um homem quiser”


"Tu que dormes a noite na calçada de relento

Numa cama de chuva com lençóis feitos de vento

Tu que tens o Natal da solidão, do sofrimento

És meu irmão amigo

És meu irmão


E tu que dormes só no pesadelo do ciúme

Numa cama de raiva com lençóis feitos de lume

E sofres o Natal da solidão sem um queixume

És meu irmão amigo

És meu irmão


Natal é em Dezembro

Mas em Maio pode ser

Natal é em Setembro

É quando um homem quiser

Natal é quando nasce uma vida a amanhecer

Natal é sempre o fruto que há no ventre da Mulher


Tu que inventas ternura e brinquedos para dar

Tu que inventas bonecas e comboios de luar

E mentes ao teu filho por não os poderes comprar

És meu irmão amigo

És meu irmão


E tu que vês na montra a tua fome que eu não sei

Fatias de tristeza em cada alegre bolo-rei

Pões um sabor amargo em cada doce que eu comprei

És meu irmão amigo

És meu irmão


Natal é em Dezembro

Mas em Maio pode ser

Natal é em Setembro

É quando um homem quiser

Natal é quando nasce uma vida a amanhecer

Natal é sempre o fruto que há no ventre da Mulher"

Ary dos Santos

Sandra Monteiro e Ana Vieira (responsáveis pela campanha)



Campanha "Hoje é Natal" Informação

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Descobrindo a AR...

Foi no passado mês de Outubro, precisamente no dia 25 Outubro, marcado pelas negociações do Orçamento de Estado 2011, que os cursos de Educação e Formação de Adultos (EFA) puderam concretizar a esperada Visita de Estudo ao Palácio de São Bento, em particular à Assembleia da República (AR). Esta notável visita permitiu aos formandos de ambos os cursos vivenciar toda a orgânica e funcionamento do prestigiado órgão de soberania, tão falado/ discutido nas aulas de Cidadania e Empregabilidade (CE). Em reflexão conjunta, os formandos destacaram a história do edifício, o Salão Nobre, a Sala dos Passos Perdidos e os jardins interiores, por toda a sua alteza e beleza associadas. Puderam fotografar os símbolos mais característicos da AR, satisfizeram todas as curiosidades e esclareceram qualquer dúvida com a guia, consolidaram alguns conhecimentos teóricos abordados nas aulas de CE e ainda descortinaram alguns factos interessantes da história da Constituição da República, como por exemplo a da Carolina Beatriz Ângelo, em 1911, que foi a primeira mulher a votar em Portugal, por ocasião das eleições da Assembleia Constituinte. Na sala das sessões parlamentares, os formandos referem ter sentido “o peso” da responsabilidade ao sentarem-se nas diferentes cadeiras dos deputados parlamentares, sentiram poder e grandiosidade, apuraram toda a tecnologia existente na sala, toda a orgânica que envolve as sessões plenárias, a quantidade de funcionários e diferentes funções, etc. A acompanhar a visita de estudo, todos os formandos preencheram um questionário que aqui se representa graficamente algumas das questões:

75º Aniversário da morte de Fernando Pessoa - HOMENAGENS

Para ser grande, sê inteiro
Para ser grande, sê inteiro: nada
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive

Ricardo Reis





sexta-feira, 12 de novembro de 2010

"Claustro Monfortino - restaurante de aplicação"

No próximo dia 15 de Novembro, abrirá ao público o restaurante de aplicação da Escola de Hotelaria de Fátima. De 2ª a 6ª feira, todos os dias úteis, entre as 12H30 e as 15H00, o “Claustro Monfortino” pretende associar ao seu objectivo central de treino e aprendizagem, a preservação da nossa mais tradicional gastronomia, confeccionada, apresentada e servida pelos alunos desta Escola de Hotelaria, com um toque de inovação e rigor.

A cozinha do “Claustro Monfortino” é da responsabilidade do Chefe Márcio Saragoça Marto que trabalhou nos prestigiadíssimos hotéis Quinta das Lágrimas e Lapa Palace e mais recentemente no inovador Inspira Santa Marta, apoiado numa brigada constituída por 4 alunos do curso de Cozinha/Pastelaria. O serviço de sala é da responsabilidade de Duarte Ferreira, antigo aluno da Escola e que tem no seu currículo unidades tão renomadas como as Pousadas de Ourém, Condeixa e Óbidos ou o Hotel Dom Gonçalo, em Fátima, com o apoio de 3 alunos do curso de Restaurante/Bar.

O cardápio assenta em algumas das maiores referências da gastronomia nacional, desde as entradas e sopas, passando pelos pratos de peixe e carne, até às sobremesas e queijos. Para os verdadeiros apreciadores, está disponível uma degustação gastronómica de 7 propostas, intitulada “Arco de volta perfeita”. Pretende-se que os pratos disponíveis sejam estáveis, em número relativamente reduzido, sofrendo alterações cíclicas em função das épocas naturais dos produtos, perseguindo um objectivo permanente de superior qualidade.

O restaurante está instalado numa ala do claustro do antigo seminário dos Monfortinos, na Avenida Beato Nuno, em Fátima, disponibiliza 22 lugares e não sendo obrigatória a reserva é aconselhável. Através de orçamento e marcação prévia o espaço pode ser reservado para serviços especiais de restauração.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Tertúlia com João Lázaro “Manual de sobrevivência para professores”

No próximo dia 19 de Novembro, pelas 21:00h, decorrerá na Escola Profissional de Ourém uma Tertúlia direccionada a todos os professores: “Manual de sobrevivência para professores”.
Para dar o mote a esta tertúlia, a INSIGNARE convidou João Lázaro, homem de muitas funções, mas que neste dia nos falará da sua experiência enquanto psicólogo clínico, professor e director pedagógico.
Se há décadas atrás a profissão de professor era uma das profissões mais ilustres, respeitada, inclusive com bastante influência nos destinos e opiniões da comunidade onde se inseria, actualmente esse cenário inverteu-se completamente.
A juntar a essa perca de protagonismo e de valorização profissional juntam-se alunos cada vez mais irreverentes, com graves problemas comportamentais, e as condições de trabalho que todos, tão bem conhecemos.
Este será um espaço criado para reflexões, para balanço de comportamentos, para ajuste de atitudes…

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

2º Curso de Graduação em Direcção Hoteleira nas instalações da Escola de Hotelaria de Fátima


Dia 12 de Novembro, vai ter início o 2.º Curso de "Graduação em Direcção Hoteleira". O Curso irá realizar-se nas Instalações da Escola de Hotelaria de Fátima (Antigo Edifício do Seminário dos Monfortinos) e terá uma duração total de 300 horas e irá habilitar os seus Participantes para o exercício, legalmente reconhecido, da Função de Director(a) de Hotel.

A Organização deste Curso pertence à ACISO - Associação Empresarial Ourém-Fátima conjuntamente com a Escola de Hotelaria e Turismo de Coimbra (EHTC).
Contando com cerca de 30 Participantes, a grande novidade desta 2.ª Edição, em Fátima, do Curso de Graduação em Direcção Hoteleira reside no facto de grande parte desses serem oriundos de localidades diversos distritos do país como Santarém; Coimbra; Leiria e Évora.
A Escola de Hotelaria de Fátima orgulha-se de ser o local escolhido para a realização do referido Curso ao mesmo tempo que Fátima se assume, mais uma vez, como local naturalmente aceite e valorizado no acolhimento à realização de Iniciativas de relevo na Área da Formação Avançada em Hotelaria / Turismo.

Será que trabalhar não ajuda?

Ao longo das últimas semanas temos concentrado toda a nossa atenção mediática em torno do Orçamento de Estado. Depois de umas iniciais trocas de galhardetes entre o PS e o PSD, avançou-se para um ansioso período negocial, para o requentado anúncio de uma candidatura presidencial, para uma cirúrgica reunião do Conselho de Estado e daí para o tão desejado acordo. Nunca como agora os portugueses receberam tanta e tão minuciosa informação sobre questões da nossa pobre economia. Da nossa e da outra, a internacional, que afinal parece ser a culpada de todo este lastimável estado de preocupação e tristeza para que fomos remetidos. Chegou-se a acordo (registando-se o histórico momento numa imagem de telemóvel), mas fomos de imediato avisados de que o Orçamento é mau e que isto para o ano vai piorar. A alternativa era vir o FMI, recusado por muitos, ansiado por alguns, para os quais seria a verdadeira garantia de aplicação de medidas estruturantes que nos salvassem deste continuado drama. Apesar da procura a todo o custo de uma situação de consenso partidário, qual Acordo de Regime, as opiniões continuam a dividir-se relativamente ao caminho futuro que deveremos tomar, sabendo-se de antemão que o resultado será sempre mau. É difícil assim entender as razões para tão complexo entendimento. A Crise, implacável monstro que paira sobre as nossas lusitanas cabeças é a única responsável por todo este lamentável estado a que chegámos. E parece que em boa verdade nem é bem a nossa Crise, é a outra, a internacional. É difícil compreender porque estranha razão os outros países nos querem tanto mal, provocando-nos tantos receios e empurrando-nos para situações de completo desvario. Nós que afinal parece sermos exemplares e empreendedores gestores, da causa pública e da privada, não se encontrando no nosso seio nenhum verdadeiro culpado. Em boa verdade, é surpreendente o número de analistas que percebem destas coisas da Economia e que nos apontam todo o tipo de caminhos possíveis. Igualmente e na mesma boa verdade, admito ser difícil para quem tem a obrigação de decidir, escolher a opção certa, entre tantas, e apontar-nos o rumo decisivo. Entre tanta opinião conclui-se que é preciso reduzir a despesa pública (e privada) e aumentar a receita. Aqui através de mais um aumento de impostos, porque outras soluções parece já não garantirem o efeito desejado. Estranha-se a lenta ignorância em que nos fomos arrastando ao longo das últimas décadas, esvaindo-nos completamente sem que nunca se tivesse tentado arrepiar caminho. Um dia, ouvi um antigo Ministro das Finanças dizer que se os nossos responsáveis políticos nos contassem o verdadeiro estado da nossa economia, no dia seguinte haveria uma revolução. Admito ter sido um exagero de linguagem (de ministro). Em boa verdade relembro-me de alguns que nos foram avisando, mas admito que não nos interessava muito acreditar em coisa tão negra. Igualmente um destes dias, um amigo nascido por volta de Revolução de Abril, culpava objectivamente toda uma classe política pela inconsequente orientação que tinham dado a Portugal, hipotecando assim o seu futuro pessoal e profissional. E com toda a razão!
Estranhamente os nossos múltiplos comentadores, analistas e políticos, desdobrados em patrióticos esforços para nos explicarem isto da Crise, primaram por ignorar algumas palavras/acções essenciais para a Mudança. Uma aposta na Inovação e no Trabalho, garantindo a criação de mais Riqueza e Emprego.
Será que trabalhar mais não ajudaria?

Francisco Vieira
Director Executivo da Insignare
In Jornal de Leiria 4 de Novembro de 2010

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Sessão Técnica com Catarina Nolasco


No passado dia 29 de Outubro realizou-se, na Escola de Hotelaria de Fátima, a Sessão Técnica “Novas realidades e novas competências pessoais e profissionais que uma profissão na área da Hospitalidade actualmente acarreta”, direccionada às turmas dos Cursos Profissionais de Recepção e de Turismo e ao Curso EFA - B3 - Empregado(a) de Andares, dinamizada por Catarina Nolasco, Chefe de Recepção e Assistente do Director do Hotel Vincci Baixa, em Lisboa e promovida pelo Centro de Formação Contínua. Num ambiente de descontracção abordou questões vitais do seu percurso profissional como alavanca para uma carreira de sucesso, dando o seu próprio exemplo.
Com apenas 27 anos, oriunda do meio rural e considerando-se não citadina, é licenciada em Turismo pela Universidade do Algarve e iniciou a sua carreira profissional como recepcionista de 2ª.
À medida que referenciava o seu percurso profissional, sobretudo em Espanha, foi transmitindo que a ambição é importante, mas é necessário muito trabalho e sobretudo reconhecer oportunidades, riscos e a importância da aprendizagem ao longo da vida.
Diversas foram as situações em que sentiu a necessidade de “abandonar tudo” e investir em algo diferente, algo com que se identificasse mais, que lhe desse mais prazer, pelo que por várias vezes tomou a iniciativa de sair do local de trabalho, dando como exemplo a sua curta estada no Hotel Vincci em Tenerife, onde aprendeu muito mas não se adaptou às pessoas e aos costumes da ilha.
Passou pela Iberostar – Hotels & Resorts, no sul de Espanha e pela Quinta do Lago; ao fim de 3 anos de trabalho, após a Universidade, decidiu voltar aos estudos, nomeadamente desenvolver o seu alemão, indo para a Alemanha. Era neste país que estava quando em Julho de 2008 foi convidada para ser Chefe de Recepção no Hotel Vincci Baixa, o primeiro da cadeia hoteleira Vincci em Portugal, devido à vasta experiência em Espanha, e como conhecedora do modelo de gestão dos Hotéis Vincci.
É uma cadeia espanhola de hotéis de 4 e 5 estrelas, representando um serviço de luxo e exigente, com presença em Espanha, Portugal, Tunísia e E.U.A., pelo que trabalhar nos seus Hotéis, designadamente como Assistente do Director de Hotel, é extremamente rigoroso - é necessário ver diariamente quais as tarefas a executar, a taxa de ocupação e quais as reclamações dos clientes, de forma a melhorar o serviço e de puder analisar os objectivos diários e mensais. É com base nesse trabalho que é possível vender o serviço do Hotel na Internet actualizando diariamente preços e disponibilidades.
Sendo a área da Hospitalidade um serviço com características próprias, que não fecha nem pára, é crucial que cada profissional reconheça que cada cliente é um cliente, e que num serviço de 4 ou de 5 estrelas os clientes são ainda mais exigentes. Por isso, é fundamental o espírito de equipa para que o cliente se possa sentir bem, “ninguém trabalha sozinho, se o trabalho da Governanta de Andares não ficar bem feito ou se o trabalho do Recepcionista não for bem feito, então o meu trabalho também não será bem feito”, acrescentou Catarina Nolasco.
Numa área em que se trabalha muito e onde os horários são complicados de conciliar com a vida familiar, é extremamente importante valorizar outros aspectos, como é o caso da possibilidade de levar ou ir buscar os filhos à escola, quando se tem horário das 15:00 às 23:00 ou das 07:00 às 15:00, respectivamente. Neste ramo é necessário a adaptação às especificidades do trabalho, bem como em qualquer outra área, porque as “coisas estão a mudar, já não há trabalhos de 2ª a 6ª feira das 09:00 às 18:00”, realçou.
Questionada sobre a polivalência, Catarina referiu que assume um papel importante no conhecimento genérico de todas as características de um serviço, permitindo uma melhor concretização das tarefas, sobretudo na resolução de futuros problemas. Exemplificou com uma situação de emergência onde soube identificar o problema com o tratamento de água da piscina de um Hotel, simplesmente pelo facto de anteriormente ter trabalhado na área da manutenção de piscinas. No entanto, considera que a polivalência não pode ser encarada como uma constante, pois cada pessoa tem uma função específica para a qual está motivada e na qual canaliza todo o seu empenho.
Muitas outras questões foram colocadas, nomeadamente sobre fardas, posturas, situações complexas de resolver, tendo partilhado com o público presente uma situação caricata com um cliente. Num determinado dia, quando um cliente chegou ao Hotel, queixando-se do voo da TAP, teve de despender algum do seu tempo para ser uma boa ouvinte, uma vez que, naquele momento, o cliente apenas pretendia alguém que ouvisse os seus “desabafos”. Após alguns minutos, e por se ter sentido que foi bem recebido, o cliente reservou 5 noites extra. Para além de oportunidade de negócio, este tipo de situações pode ainda representar o reconhecimento do desempenho de um profissional, uma vez que alguns clientes até chegam a enviar e-mails a agradecer a atenção prestada.
Relativamente à carreira profissional evidenciou que querer mudar não chega, é necessário fazer por isso, como foi o exemplo de um questionário que realizou com os seus colaboradores no qual alguém respondeu que ambicionava ganhar mais; no entanto, um ano depois, nada fez e nada de novo aprendeu para que isso acontecesse.
Neste sentido, é fundamental conhecer a realidade do mercado de trabalho, suas condicionantes e adaptarmo-nos às novas exigências, aspectos que Catarina Nolasco desde cedo soube reconhecer e que por esse motivo recentemente apostou ao frequentar e concluir um Executive Master em Gestão Hoteleira.
Por esta oportunidade de partilha de saber fazer e de saber estar a INSIGNARE agradece à excelente profissional que se deslocou à EHF.
Sandrina Henriques
Técnica de Formação/Mediadora de Curso EFA

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Escola de Hotelaria de Fátima recebe comitiva europeia.

Decorreu na Escola de Hotelaria de Fátima, entre os dias 19 e 21 de Outubro, uma Visita de Estudo subordinada ao tema “Teaching Hospitality: from VET to High Education and Long Life Learning “, apoiada pelo Programa Europeu de Aprendizagem ao Longo da Vida. Os dez participantes, oriundos de diversos países Europeus – Espanha, Roménia, Itália, Lituânia, França, Polónia, Eslovénia e República Checa – eram profissionalmente relacionados com o sector da Educação: Ministérios da Educação, Organismos regionais e locais, Escolas Profissionais, além de Gestores e Professores. A língua de trabalho foi o Inglês.

Organizada pela Unidade de Cooperação Internacional da INSIGNARE, envolveu diversos Professores e Alunos da Escola de Hotelaria de Fátima (EHF).

O primeiro dia iniciou com uma abordagem genérica do sistema educativo português, dinamizada por Elvira Ferreira, docente da Escola Superior de Educação de Torres Novas. Seguiu-se a caracterização do ensino profissional, por Elisabete Marques, Coordenadora Técnica da EHF. Intervieram depois Sofia Eurico, Docente na Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar do Instituto Politécnico de Leiria, e Daniel Pinto, Director da Escola de Hotelaria do Oeste (em representação da rede de Escolas do Turismo de Portugal)., responsáveis pela apresentação do Ensino Superior e Ensino de Hotelaria, respectivamente.

O magnífico almoço, a primeira de várias refeições sem mácula, foi servido no Restaurante de Aplicação da EHF, confeccionado e servido por alunos dos cursos de Cozinha e de Restaurante / Bar.
A tarde foi preenchida com a caracterização das diversas modalidades de conclusão do ensino básico e secundário, para jovens e adultos, bem como da formação contínua, explicada por Sérgio Fernandes, Coordenador do Centro de Formação Contínua, bem como pelo elucidar sobre o processo RVCC – Reconhecimento e Validação de Conhecimentos e Competências, quer escolar quer profissional, descrito por Ricardo Vieira, Formador do Centro Novas Oportunidades.

O dia foi concluído com uma visita ao Santuário de Fátima, guiada pela Professora Elsa Silva, coadjuvada pelas alunas Bruna Ramos e Patrícia Gomes, do curso de Recepção, à qual se seguiu mais um excelente jantar no Restaurante de Aplicação da EHF, sob a tutela ímpar do Chefe Yannick Genard.
A manhã do segundo dia decorreu debaixo da temática “Ligação da escola ao mundo do trabalho”, com intervenções de Carlos Saraiva, do Hotel Domus Pacis, em representação da ACISO – Associação Empresarial Ourém-Fátima, e de Virgílio Gomes, pela AHRESP – Associação dos Hotéis, Restaurantes e Similares de Portugal. Seguiram-se apresentações de dois participantes (Eslovénia e Rep. Checa) sobre o ensino da Hospitalidade nestes países.

Após mais um lauto almoço na EHF, e de novo sob a batuta da Profª Elsa, da Bruna e da Patrícia, os participantes visitaram o Museu da Vida de Cristo, graças à amável colaboração do Sr. Carlos Reis, gestor desse espaço, e as casas dos três Videntes, em Aljustrel. Daí partiram para o Mosteiro da Batalha e concluíram na Nazaré, percorrendo o Museu Dr. Joaquim Manso, o Sítio, a marginal e findando num saboroso jantar, num inexcedível apoio prestado pela Escola Profissional da Nazaré, personalizado na simpática companhia da sua Directora, Ana Paula Reis.

A manhã do terceiro dia foi inteiramente dedicada a uma aula prática de cozinha, na Cozinha de Aplicação da EHF, com a orientação do Chefe Yannick e de vários alunos de Cozinha, apoiados pela Profª Georgina Rocha na vertente linguística: toda a refeição foi confeccionada pelos participantes, sendo (a)provada no final com distinção.

A visita concluiu com mais apresentações individuais sobre os diversos modelos educativos e formativos na área da Hospitalidade nos países participantes, e com a redacção do relatório final de grupo, onde ficou expresso a mais elevada satisfação do grupo pela participação nesta Visita de Estudo.
Foram atingidos todos os objectivos: a troca de informações, conhecimentos e experiências sobre os diferentes métodos de ensino da hospitalidade nos diferentes países de origem dos participantes, estabelecendo-se também contactos para futuras parcerias na realização de projectos europeus.

Visita de Estudo - CURSOS EFA – Educação e Formação de Adultos

No âmbito da dinamização de dois Cursos EFA - Educação e Formação de Adultos, o CFC – Centro de Formação Contínua da INSIGNARE – Associação de Ensino e Formação organizou, no passado dia 25 de Outubro, uma visita de estudo à Assembleia da República (AR) e a dois Hotéis. Enquadrada no módulo de Cidadania e Empregabilidade, a visita de estudo à AR consistiu sobretudo numa abordagem relacionada com a organização e funcionamento do Parlamento e um pouco da sua história.
Os formandos tiveram a oportunidade de entrar na sala das sessões parlamentares e de perceberem de como funciona o plenário.
Tendo em consideração a especificidade de cada curso, os formandos do EFA B3 – Empregado(a) de Andares, acompanhados pela formadora Carla Fino e a mediadora Sandrina Henriques, visitaram um Hotel de Charme – o Bairro Alto Hotel, de 5 estrelas.
Sob o lema a “A Bela Arte de bem receber”, a Directora de Recursos Humanos, Margarida Pereira e a Governanta Geral, Ana Palma, explicaram a organização e funcionamento do serviço de andares.
Os formandos puderam constatar as diferenças entre um quarto Superior e uma Suite, sendo que o quarto Superior poderá ser transformado num quarto Twin (quarto com 2 camas individuais iguais). Durante a visita ainda houve tempo para colocar questões relacionadas com a gestão de um hotel cujo serviço personalizado e requintado mereceu recentemente a atribuição do prémio Leading Boutique Hotel in Portugal, pelos World Travel Awards 2010.
Já os formandos do EFA B3 – Operador(a) de Manutenção Hoteleira visitaram o Solplay Hotel de Apartamentos, de 4 estrelas, em Linda-a-Velha. Foram levados a observar todas as áreas técnicas das múltiplas ofertas que este Hotel disponibiliza aos seus Clientes: piscina exterior e interior aquecida, vastas zonas ajardinadas adjacentes, sauna, ginásio profissional, centro de estética com
cabeleireiro, lavandarias e rouparias industriais, máquinas de ventilação, caldeiras e geradores, em exposições práticas lideradas pelo proprietário do Hotel, Luís Magalhães, e pelo Director de Manutenção, José Duarte, que responderam ainda às diversas questões levantadas pelo grupo. Este foi acompanhado por Bruno Silva, Formador da parte eléctrica do curso, e por Sérgio Fernandes, Coordenador do Centro de Formação Contínua. A conclusão geral foi da constatação da mais-valia que esta visita trouxe para a aprendizagem, nomeadamente pelo excepcional exemplo de boas práticas que esta unidade hoteleira demonstra, em termos de pessoal, equipamentos, manutenção preventiva e correctiva.
Aos dois excelentes Hotéis a INSIGNARE agradece esta oportunidade.

Escola de Hotelaria de Fátima dinamiza Sessão Técnica

“Novas realidades e novas competências pessoais e profissionais que uma profissão na área da Hospitalidade actualmente acarreta”

No próximo dia 29 de Outubro (6ª feira), às 14.15 horas, irá realizar-se, na Escola de Hotelaria de Fátima, uma palestra, ministrada por Catarina Nolasco, Chefe de Recepção e Assistente do Director do Hotel Vincci Baixa, em Lisboa, destinada a duas turmas dos Cursos Profissionais de Recepção e de Turismo e a uma turma do Curso de Educação e Formação de Adultos de Empregada de Andares.

Os temas versarão sobre a importância de todas as categorias profissionais para o sucesso das unidades hoteleiras; a importância de se ter uma perspectiva de evolução de carreira, com a assumpção de correr riscos - trabalhar para outra zona e/ou outro país, querendo saber sempre mais.

Catarina Nolasco é licenciada em Turismo pela Universidade do Algarve e possui um Executive Master em Gestão Hoteleira pela Escola Superior de Hotelaria do Algarve e pela Universidade Católica Portuguesa. Detentora de uma carreira ascensional internacional na cadeia hoteleira Vincci, irá abordar a sua experiência académica e profissional, despertando os alunos para novas realidades e novas competências pessoais e profissionais que uma profissão na área da Hospitalidade actualmente acarreta.

Apesar de direccionada aos alunos da EHF, serão bem-vindos todos aqueles a quem a temática interessar.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

INTERVENÇÕES NO ÂMBITO DA CERIMÓNIA DOS 20 ANOS DO ENSINO PROFISSIONAL EM OURÉM.

Muito bom dia a todos,
Celebramos hoje exactamente 20 anos sobre o primeiro dia de aulas na Escola Profissional de Ourém. A 1 de Outubro de 1990, 23 jovens na maioria naturais deste Concelho, iniciaram um percurso formativo de 3 anos no Curso Técnico de Gestão. Com eles, um grupo de professores, na generalidade provenientes da Escola Secundária de Ourém e do Centro de Estudos de Fá
tima, arrancaram para a construção de uma resposta às necessidades das nossas empresas, perseguindo um objectivo que pouco mais era que um sonho.
Uns meses antes, a 24 de Agosto, na Avenida 24 de Julho, em Lisboa, tinha sido dado o primeiro passo. Mário Albuquerque, então presidente da Câmara Municipal, Fernando Carriço Pereira, presidente da Associação de Comerciantes e eu próprio, assinámos o Contrato-Programa de Criação da Escola Profissional de Ourém. Em representação do Estado Português, assinou Joaquim de Azevedo.
Deste primeiro passo até à data que hoje, 20 anos depois comemoramos, foi um instante. Num mês, adaptamos a sombria cave da Associação de Comerciantes a um espaço de formação, divulgámos a nossa oferta, arranjámos os alunos, contratámos os professores e a primeira colaboradora.

Filomena Pontes:
Bom dia,
O meu nome é Filomena Pontes e fui uma das alunas iniciais da Escola Profissional de Ourém. Nasci na Guiné-Bissau e vim para Portugal com 14 anos. Acreditei que o Curso Técnico de Gestão podia ser uma boa opção para mim e inscrevi-me. Quatro anos depois de concluir o curso fui convidada a integrar a equipa da EPO, desempenhando funções na área administrativa. Já lá vão 13 anos e hoje sou responsável por todo o esforço de coordenação das Áreas de Enriquecimento Curricular, proporcionando actividades a cerca de 1800 crianças do 1º ciclo do Ensino Básico, com o apoio de 46 professores.
Desde esse momento aprendemos a trabalhar contra o tempo, lutando contra as mais imprevistas adversidades e os mais arreigados preconceitos. Essa luta de sobrevivência e constante necessidade de afirmação, perdurou ao longo destes 20 anos, fazendo da Escola Profissional um corpo único, em que todos, directores, professores, funcionários, alunos e encarregados de educação caminharam num mesmo sentido. Só isso explica um percurso de reconhecida qualidade, esforçado, inovador e rigoroso, comprovado pela generalidade das empresas que integraram os nossos alunos.
Ana Regina Pinho:
Bom dia,
O meu nome é Ana Regina Pinho, sou licenciada em Gestão pela Universidade Técnica de Lisboa e sou docente profissionalizada da EPO desde 1999. Esta Escola é a minha segunda casa, que me satisfaz e complementa a nível profissional. Mais do que uma Escola, a EPO é uma Família.
Só assim é possível explicar a realidade que é hoje a Insignare: cerca de 500 alunos no ensino profissional de nível IV, divididos pelas Escolas de Ourém e Fátima; uma média/ano de 1200 utentes inscritos no Centro Novas Oportunidades; um esforço de formação contínua para 1500 activos/ano; o apoio a 1800 crianças nas áreas de enriquecimento curricular e a produção de 120.000 refeições/ano para escolas do ensino básico e para os nossos alunos. Tudo isto representa um orçamento anual na ordem dos 3 milhões de euros, garantindo trabalho, em diferentes intensidades e tipos de contrato a mais de 150 colaboradores.
Cláudio Gonçalves:
Bom dia,
O meu nome é Cláudio Gonçalves e também eu fui aluno da EPO, onde frequentei o Curso Técnico de Informática. Após a sua conclusão fui convidado a trabalhar nesta casa, desempenhando funções na área da manutenção dos equipamentos informáticos. Hoje trabalho no sector administrativo e financeiro da entidade titular, a Insignare. Como todos por aqui, colaboro em tudo aquilo que seja preciso fazer e estou satisfeito com a minha opção. Tenho por objectivos tirar uma licenciatura na área da engenharia informática e naturalmente subir de categoria e de ordenado.


Numa aproximação ao pormenor, verificamos que a Escola Profissional de Ourém cresceu dos seus iniciais 23 alunos para os actuais 275 alunos, distribuídos pelos cursos técnicos de gestão, construção civil, animação sociocultural, informática de gestão, design e energias renováveis, estando adequadamente instalada e equipada. Projecta a sua capacidade máxima para os 300 alunos e pretende concentrar-se crescentemente em áreas de elevada complexidade técnica e de forte integração no mercado de trabalho. Para isso foi e está a ser feito um grande investimento na melhoria das instalações e muito particularmente nos equipamentos. Os espaços oficinais têm que obrigatoriamente ser o coração da nossa actividade formativa e é a partir deles que se dá o primeiro passo para a integração dos alunos nas empresas.
Marina Ferreira:
Bom dia,
O meu nome é Marina Ferreira e sou aluna do 3º ano do Curso de Construção Civil. Sou natural aqui do Concelho de Ourém e não era bem este o curso que eu queria. A minha opção era o Turismo, mas por falta de vaga acabei aqui nas obras. O meu objectivo é ingressar no ensino superior e tirar um curso de engenharia ou arquitectura. Estou satisfeita com esta minha inesperada opção.
Vítor Hugo:
Bom dia,
Chamo-me Vítor Hugo, sou caloiro e sou aqui de Ourém. Desde há 15 dias que frequento o Curso Técnico de Design Industrial porque procura uma formação mais prática e menos teórica. O meu objectivo futuro é ingressar no ensino superior nesta área e de preferência da Escola das Caldas da Rainha. Estou contente com a opção que tomei.
Ambição antiga, a autonomização do Pólo de Fátima e a sua transformação em Escola de Hotelaria foi recentemente reconhecida e abre caminho para a confirmação do trabalho desenvolvido nas áreas da hotelaria e do turismo ao longo dos últimos 17 anos. Muitos dos nossos antigos alunos assumem hoje importantes responsabilidades em algumas das mais prestigiadas unidades hoteleiras e da restauração portuguesas, forçando pelo seu exemplo e pela constante necessidade de mão-de-obra qualificada nestes sectores, à construção a médio prazo das novas instalações da Escola de Hotelaria de Fátima.
Permita-me, Senhor Presidente da Câmara, que o incentive para este desafio estrutural no desenvolvimento económico e social do nosso Concelho, e que a Cerimónia Comemorativa dos “20 anos do ensino profissional em Fátima” possa coincidir com a inauguração desta tão ansiada escola. Da nossa parte e como sabe, tudo faremos para que tal se concretize.
Bruno Graça:
Bom dia,
O meu nome é Bruno Graça e sou aluno do 3º ano do Curso de Restauração, na sua especialização em Cozinha /Pastelaria. Não vim para este curso por ele ser uma moda, mas porque desde sempre foi o meu objectivo e também influenciado pelo meu irmão e pela sua namorada que aqui tiraram o Curso de Restauração. Para sermos os melhores precisamos urgentemente de melhores instalações e melhores equipamentos. Sei que muito foi feito nestes últimos meses, mas precisamos ainda de mais.
Yannick Genard:
Bom dia,
O meu nome é Yannick Génard, sou francês e por questões do coração resido em Portugal desde 1999. Estudei cozinha clássica no Lycée Hotellier Le Guê a Tresmes e trabalhei como cozinheiro no Lycée Honoré de Balzac, no Lycée Le Guê a Tresmes onde estudei, e Chef de Cozinha no College du Bois de L’Encloumet. 18 anos depois de ter iniciado a minha formação em cozinha, obtive o nível de Mestre Cozinheiro. Trabalho nesta Escola desde 2007 e nela deposito as melhores expectativas de desenvolvimento, acreditando que só um trabalho rigoroso e de elevada qualidade nos levará a atingir o sucesso.

O ano lectivo 2010/2011 será marcante na história da Escola de Hotelaria de Fátima. Aumentámos significativamente o número de alunos e transferimos para a sede da Escola, no antigo Seminário dos Monfortinos, os cursos de Recepção e Turismo. Para além das necessárias obras de requalificação de alguns espaços e respectivo reequipamento, estamos a instalar mais uma Cozinha de Produção e o Restaurante de Aplicação, que a partir do final deste mês passará a estar aberto ao público, todos os dias úteis, no período de almoço. Para além das duas Cozinhas de Aplicação já existentes nas instalações do CEF, foi criada uma Cozinha de Demonstração, que associada à Cozinha Central (que nesta fase produz diariamente 800 refeições), permitirão aos nossos alunos, com elevada frequência, passar de contextos de prática simulada para prática real. Acreditamos que deste modo iremos crescentemente assegurar uma formação de superior qualidade. Aqui como nas restantes vertentes de formação, em Ourém e em Fátima, não nos basta ser bons, queremos ser os melhores.

Inês Santos:
Bom dia,
O meu nome é Inês Santos e venho da aldeia de São Bento no Concelho de Porto de Mós e estou há apenas 15 dias na Escola de Hotelaria de Fátima, onde frequento o Curso de Restauração, na vertente de Restaurante / Bar. Vir para esta área é o concretizar de um sonho, acreditando ser uma actividade profissional que me satisfaz e que me permite integrar o mercado de trabalho rapidamente. Estou satisfeita com a opção que tomei, porque esta é uma área que me permite um grande contacto com o público.

Mas se o ensino profissional é a coluna vertebral da Insignare, razão de ser para a sua criação e existência, outras actividades assumem hoje um papel importante no seu esforço diário de trabalho. Refiro-me ao Centro de Formação Contínua que no passado ano proporcionou formação a 1500 activos, numa capacidade de realização na ordem dos 115%.
Lamentavelmente, mas por limitações de financiamento que nos vemos obrigados a aceitar, não teremos capacidade para realizar mais do que 20% daquilo que fizemos em 2009, verificando-se intermináveis listas de interessados aos quais não conseguimos responder.
Outra vertente fundamental é o Centro Novas Oportunidades, um dos primeiros instalados a nível nacional e que apresenta um nível de adesão e uma capacidade de certificação que ultrapassa todos os outros sediados na NUT III onde nos integramos. Uma média anual de 1200 utentes inscritos, para uma capacidade média de certificação de 500 pessoas/ano.
Apesar de todas as dúvidas sobre a capacidade de financiamento destes Centro para lá de 2011 e por toda a instabilidade que daí decorre, acreditamos estar a fazer um trabalho de extrema valia a nível social, provocando com este regresso à Escola uma valorização cultural e profissional da população do nosso Concelho.

Sílvia Gonçalves:
Bom dia,
O meu nome é Sílvia Gonçalves e sou técnica de RVCC do Centro Novas Oportunidades da Insignare. Sou licenciada em Serviço Social e mestranda em Intervenção para o Envelhecimento Activo. Também eu fui aluna da EPO onde frequentei o Curso de Gestão. Depois ingressei num Centro de Contabilidade e mais tive uma pequena empresa. Inicialmente não tinha ideia de ir para o ensino superior, mas a experiência adquirida aqui na Escola, sobretudo nas áreas técnicas, fez-me repensar e avançar. Estou satisfeita com as minhas opções e foi para mim importante ter estudado aqui na EPO.

Mas muito mais importante do que tudo aquilo que antes foi dito, é o nosso objectivo permanente de contribuir para formação de Homens e Mulheres de corpo inteiro, Cidadãos Atentos, Esforçados, Interventivos e Solidários. Gente com Atitude, que faz do Trabalho um desígnio constante e uma valorização pessoal e colectiva.
Exma. Senhora Ministra, minhas senhoras e meus senhores,
Compete-me uma palavra final de agradecimento:
• Para todos os que sempre acreditaram neste projecto;
• Para os alunos que aqui estudaram ou estudam e respectivos encarregados de educação;
• Para todos os colaboradores que aqui trabalharam ou trabalham;
• Para as entidades proprietárias da Insignare: Câmara Municipal de Ourém, Associação Empresarial Ourém-Fátima, Centro de Estudos de Fátima e Entidade Regional de Turismo de Leiria-Fátima e todos os seus dirigentes que integraram os nossos Corpos Sociais;
• Para o Ministério da Educação que sempre nos tutelou e para outras entidades que nos apoiaram financeiramente: a União Europeia, através do Fundo Social Europeu e o Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social, através da Segurança Social;
• Para as empresas que nos apoiaram através da integração dos nossos alunos no mercado de trabalho;
• Para todos vós que aqui nos honram com a vossa presença;
• Para todos aqueles que sempre fizeram o favor de ser nossos amigos.

Muito obrigado a todos!

Francisco Vieira

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

INSIGNARE recebe Medalha de Mérito Municipal!

No passado dia 1 de Outubro, a propósito da Cerimónia de Comemoração dos 20 anos do Ensino Profissional no Concelho de Ourém, a Câmara Municipal de Ourém, pela mão do seu Presidente, Paulo Fonseca, entregou a Medalha de Mérito Municipal à INSIGNARE como forma de reconhecimento pelo caminho percorrido por esta instituição com rigor, empenho e dedicação.
Na certidão de deliberação da Câmara, referente à reunião do dia 18 de Agosto, pode-se ler o seguinte:
“Ao comemorar 20 anos de existência a EPO, Escola Profissional de Ourém, actualmente incluída na INSIGNARE, é, não só uma referência de desenvolvimento e sucesso, mas motivo de orgulho para todos os oureenses.
O caminho percorrido por esta instituição com rigor, empenho e dedicação muito contribuiu para a formação, qualidade e melhor adequação das ofertas de ensino aos muitos oureenses que passaram pelas suas salas.
Pelo percurso efectuado e pela importância acrescida que advêm da implementação de outros/novos projectos educativos, nomeadamente a Escola de Hotelaria de Fátima, o Centro de Formação Contínua e o Centro Novas Oportunidades, proponho que seja aprovada….”
A Medalha de Mérito Municipal foi recebida pelo Director Executivo da INSIGNARE que agradeceu, de forma sentida, a homenagem.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Assinatura do Protocolo entre VEROUREM e INSIGNARE


Dia 27 de Setembro foi assinado um protocolo entre a INSIGNARE e a VEROURÉM, com vista à cedência da exploração da Cozinha Central, instalada no edifício do antigo Seminário dos Monfortinos e que fornece as refeições escolares aos alunos do Pré-Escolar e do 1º ciclo do Ensino Básico.
A INSIGNARE, entidade que tutela a Escola de Hotelaria de Fátima e cuja sede se encontra instalada no próprio edifício do antigo Seminário, vê com este protocolo a oportunidade de complementar a aprendizagem dos seus alunos da Área de Hotelaria, nomeadamente dos cursos profissionais de cozinha e pastelaria.
Assim sendo, a INSIGNARE dispõe, ao mesmo tempo, das condições e equipamentos necessários ao desenvolvimento das aulas práticas dos seus alunos, bem como do Know-how e meios necessários ao bom funcionamento da referida Cozinha Central. Para além das 120 000 refeições anuais, os alunos de Hotelaria vão ainda assegurar fornecimento das refeições a servir nas cantinas das duas escolas, EPO e EHF.

Comemoração dos 20 anos de Ensino Profissional em Ourém

No próximo dia 1 de Outubro, a INSIGNARE irá comemorar “20 anos do Ensino Profissional em Ourém” com uma grande cerimónia que reunirá, no Centro de Negócios de Ourém, cerca de 1000 pessoas entre actuais alunos, alunos finalistas, professores e funcionários, antigos colaboradores, empresas parceiras, entidades, membros actuais e antigos dos órgãos sociais e amigos.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

ILHA DO PRÍNCIPE – Potencialidades em Debate


No âmbito da deslocação oficial a Portugal do Presidente do Governo Regional do Príncipe, Eng. José Cassandra, e aproveitando a sua visita a Ourém, o Município dinamizará no próximo dia 22 de Setembro, pelas 18h00, no Salão Nobre do Centro de Negócios de Ourém, uma sessão subordinada ao tema “ILHA DO PRÍNCIPE– Potencialidades de Desenvolvimento e Investimento”.

Esta sessão é dirigida principalmente aos empresários do Município e tem como principal objectivo apresentar as oportunidades de negócio ao nível da agricultura, comércio e turismo da Região Autónoma do Príncipe.

“ILHA DO PRÍNCIPE – Potencialidades de Desenvolvimento e Investimento”
22 de Setembro 2010 pelas 18h00
Local: Salão Nobre do Centro de Negócios de Ourém

PROGRAMA

Moderador: Dr. Sérgio Fernandes (INSIGNARE)
18h00 – Abertura da Sessão pelo Sr. Presidente do Município de Ourém - Dr. Paulo Fonseca
18h10 – Breve caracterização da Ilha do Príncipe ao nível sócio-económico - Dr. Sérgio Fernandes
18h30 - “ILHA DO PRÍNCIPE – Potencialidades de Desenvolvimento e Investimento” - Presidente do Governo Regional do Príncipe – Eng. José Cassandra
18h50 – Debate / Participação do público

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Crónicas sem Título, por José Ribeiro Vieira


“ Mariano Gago, actual ministro da Ciência e do Ensino Superior foi o melhor aluno do meu curso e um dos melhores de sempre do Técnico. O actual ministro tinha notas excelentes não porque estudasse muito, mas porque percebia o que os professores diziam nas aulas, mesmo quando a matéria era mais difícil e complexa. Por vezes, só ele e um ou outro mais dotado é que entendia. O problema dos alunos de então, como os de hoje, será exactamente o de falta de compreensão do que os professores fazem por ensinar, nas aulas. Ou porque não estão preparados para compreender a conexão entre as matérias por falta de estudo, ou porque estão desconcentrados ou distraídos, esperando ansiosamente que cada aula chegue ao fim. E isto é tanto mais assim quando se trata de disciplinas como são a matemática e a física. É preciso compreender o que se estuda. A este propósito lembro-me de uma história do tempo em que dava explicações de matemática a alunos do então 7º ano, agora 11º, que antecedia a entrada na Universidade.
O meu primeiro aluno, o Cândido, dispunha de pouco tempo para estudar; percebendo, porém, bem o que se lhe explicava. Quando chegou a altura de fazer exame conseguiu ir à oral. Nessa altura era assim! Apareceu-me entretanto muito desanimado porque, o professor que o ia interrogar era conhecido, no então Liceu de Oeiras, por chumbar muitos alunos. Gritava até com os examinados, quando não percebiam o que diziam. Lembrei-me então, de que nesse Liceu estava um “célebre” professor que o tinha sido também no Liceu de Leiria, o Dr. José Júlio. Fui confirmar, encontrando-o num corredor desse Liceu. Ao que eu disse, recordava-se ainda de mim. Lá lhe contei que tinha um aluno para fazer exame com ele, mas que a esperança que tinha de passar era pouca pois, ao que se dizia, a fama que tinha em Leiria continuava a existir em Oeiras! Ficou zangado e disse-me que só chumbava os que não percebiam o pouco que sabiam, pedindo-me para ir assistir a uns exames orais no sentido de entender porque perdia ele a paciência com os alunos, chumbando alguns.
Lá fui. Tinha razão, em parte, o Dr. José Júlio. A maioria não percebia o que dizia ou escrevia. O Cândido passou e até bem. O professor deu-me os parabéns, que endossei ao aluno. Mais do que “saber de cor”é, de facto, preciso compreender. Na matemática, na física, como em tantas outras matérias, disciplinas e coisas, diz-se não só o que se não sabe, como principalmente o que não se compreende. Porque para compreender é preciso estudar e até mesmo reflectir. Sem pressa. Estudar não é decorar ou “marrar”, como se diz na gíria. É principalmente apreender e entender, resistindo a virar páginas sem ter percebido as anteriores.
Este texto é um pequeno contributo, uma história para os alunos e talvez para pais e professores, que vão agora começar um novo ano. Nunca mais encontrei o Cândido…

In Jornal de Leiria
Edição 1365 - 09 de Setembro de 2010