terça-feira, 30 de novembro de 2010

Descobrindo a AR...

Foi no passado mês de Outubro, precisamente no dia 25 Outubro, marcado pelas negociações do Orçamento de Estado 2011, que os cursos de Educação e Formação de Adultos (EFA) puderam concretizar a esperada Visita de Estudo ao Palácio de São Bento, em particular à Assembleia da República (AR). Esta notável visita permitiu aos formandos de ambos os cursos vivenciar toda a orgânica e funcionamento do prestigiado órgão de soberania, tão falado/ discutido nas aulas de Cidadania e Empregabilidade (CE). Em reflexão conjunta, os formandos destacaram a história do edifício, o Salão Nobre, a Sala dos Passos Perdidos e os jardins interiores, por toda a sua alteza e beleza associadas. Puderam fotografar os símbolos mais característicos da AR, satisfizeram todas as curiosidades e esclareceram qualquer dúvida com a guia, consolidaram alguns conhecimentos teóricos abordados nas aulas de CE e ainda descortinaram alguns factos interessantes da história da Constituição da República, como por exemplo a da Carolina Beatriz Ângelo, em 1911, que foi a primeira mulher a votar em Portugal, por ocasião das eleições da Assembleia Constituinte. Na sala das sessões parlamentares, os formandos referem ter sentido “o peso” da responsabilidade ao sentarem-se nas diferentes cadeiras dos deputados parlamentares, sentiram poder e grandiosidade, apuraram toda a tecnologia existente na sala, toda a orgânica que envolve as sessões plenárias, a quantidade de funcionários e diferentes funções, etc. A acompanhar a visita de estudo, todos os formandos preencheram um questionário que aqui se representa graficamente algumas das questões:

75º Aniversário da morte de Fernando Pessoa - HOMENAGENS

Para ser grande, sê inteiro
Para ser grande, sê inteiro: nada
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive

Ricardo Reis





sexta-feira, 12 de novembro de 2010

"Claustro Monfortino - restaurante de aplicação"

No próximo dia 15 de Novembro, abrirá ao público o restaurante de aplicação da Escola de Hotelaria de Fátima. De 2ª a 6ª feira, todos os dias úteis, entre as 12H30 e as 15H00, o “Claustro Monfortino” pretende associar ao seu objectivo central de treino e aprendizagem, a preservação da nossa mais tradicional gastronomia, confeccionada, apresentada e servida pelos alunos desta Escola de Hotelaria, com um toque de inovação e rigor.

A cozinha do “Claustro Monfortino” é da responsabilidade do Chefe Márcio Saragoça Marto que trabalhou nos prestigiadíssimos hotéis Quinta das Lágrimas e Lapa Palace e mais recentemente no inovador Inspira Santa Marta, apoiado numa brigada constituída por 4 alunos do curso de Cozinha/Pastelaria. O serviço de sala é da responsabilidade de Duarte Ferreira, antigo aluno da Escola e que tem no seu currículo unidades tão renomadas como as Pousadas de Ourém, Condeixa e Óbidos ou o Hotel Dom Gonçalo, em Fátima, com o apoio de 3 alunos do curso de Restaurante/Bar.

O cardápio assenta em algumas das maiores referências da gastronomia nacional, desde as entradas e sopas, passando pelos pratos de peixe e carne, até às sobremesas e queijos. Para os verdadeiros apreciadores, está disponível uma degustação gastronómica de 7 propostas, intitulada “Arco de volta perfeita”. Pretende-se que os pratos disponíveis sejam estáveis, em número relativamente reduzido, sofrendo alterações cíclicas em função das épocas naturais dos produtos, perseguindo um objectivo permanente de superior qualidade.

O restaurante está instalado numa ala do claustro do antigo seminário dos Monfortinos, na Avenida Beato Nuno, em Fátima, disponibiliza 22 lugares e não sendo obrigatória a reserva é aconselhável. Através de orçamento e marcação prévia o espaço pode ser reservado para serviços especiais de restauração.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Tertúlia com João Lázaro “Manual de sobrevivência para professores”

No próximo dia 19 de Novembro, pelas 21:00h, decorrerá na Escola Profissional de Ourém uma Tertúlia direccionada a todos os professores: “Manual de sobrevivência para professores”.
Para dar o mote a esta tertúlia, a INSIGNARE convidou João Lázaro, homem de muitas funções, mas que neste dia nos falará da sua experiência enquanto psicólogo clínico, professor e director pedagógico.
Se há décadas atrás a profissão de professor era uma das profissões mais ilustres, respeitada, inclusive com bastante influência nos destinos e opiniões da comunidade onde se inseria, actualmente esse cenário inverteu-se completamente.
A juntar a essa perca de protagonismo e de valorização profissional juntam-se alunos cada vez mais irreverentes, com graves problemas comportamentais, e as condições de trabalho que todos, tão bem conhecemos.
Este será um espaço criado para reflexões, para balanço de comportamentos, para ajuste de atitudes…

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

2º Curso de Graduação em Direcção Hoteleira nas instalações da Escola de Hotelaria de Fátima


Dia 12 de Novembro, vai ter início o 2.º Curso de "Graduação em Direcção Hoteleira". O Curso irá realizar-se nas Instalações da Escola de Hotelaria de Fátima (Antigo Edifício do Seminário dos Monfortinos) e terá uma duração total de 300 horas e irá habilitar os seus Participantes para o exercício, legalmente reconhecido, da Função de Director(a) de Hotel.

A Organização deste Curso pertence à ACISO - Associação Empresarial Ourém-Fátima conjuntamente com a Escola de Hotelaria e Turismo de Coimbra (EHTC).
Contando com cerca de 30 Participantes, a grande novidade desta 2.ª Edição, em Fátima, do Curso de Graduação em Direcção Hoteleira reside no facto de grande parte desses serem oriundos de localidades diversos distritos do país como Santarém; Coimbra; Leiria e Évora.
A Escola de Hotelaria de Fátima orgulha-se de ser o local escolhido para a realização do referido Curso ao mesmo tempo que Fátima se assume, mais uma vez, como local naturalmente aceite e valorizado no acolhimento à realização de Iniciativas de relevo na Área da Formação Avançada em Hotelaria / Turismo.

Será que trabalhar não ajuda?

Ao longo das últimas semanas temos concentrado toda a nossa atenção mediática em torno do Orçamento de Estado. Depois de umas iniciais trocas de galhardetes entre o PS e o PSD, avançou-se para um ansioso período negocial, para o requentado anúncio de uma candidatura presidencial, para uma cirúrgica reunião do Conselho de Estado e daí para o tão desejado acordo. Nunca como agora os portugueses receberam tanta e tão minuciosa informação sobre questões da nossa pobre economia. Da nossa e da outra, a internacional, que afinal parece ser a culpada de todo este lastimável estado de preocupação e tristeza para que fomos remetidos. Chegou-se a acordo (registando-se o histórico momento numa imagem de telemóvel), mas fomos de imediato avisados de que o Orçamento é mau e que isto para o ano vai piorar. A alternativa era vir o FMI, recusado por muitos, ansiado por alguns, para os quais seria a verdadeira garantia de aplicação de medidas estruturantes que nos salvassem deste continuado drama. Apesar da procura a todo o custo de uma situação de consenso partidário, qual Acordo de Regime, as opiniões continuam a dividir-se relativamente ao caminho futuro que deveremos tomar, sabendo-se de antemão que o resultado será sempre mau. É difícil assim entender as razões para tão complexo entendimento. A Crise, implacável monstro que paira sobre as nossas lusitanas cabeças é a única responsável por todo este lamentável estado a que chegámos. E parece que em boa verdade nem é bem a nossa Crise, é a outra, a internacional. É difícil compreender porque estranha razão os outros países nos querem tanto mal, provocando-nos tantos receios e empurrando-nos para situações de completo desvario. Nós que afinal parece sermos exemplares e empreendedores gestores, da causa pública e da privada, não se encontrando no nosso seio nenhum verdadeiro culpado. Em boa verdade, é surpreendente o número de analistas que percebem destas coisas da Economia e que nos apontam todo o tipo de caminhos possíveis. Igualmente e na mesma boa verdade, admito ser difícil para quem tem a obrigação de decidir, escolher a opção certa, entre tantas, e apontar-nos o rumo decisivo. Entre tanta opinião conclui-se que é preciso reduzir a despesa pública (e privada) e aumentar a receita. Aqui através de mais um aumento de impostos, porque outras soluções parece já não garantirem o efeito desejado. Estranha-se a lenta ignorância em que nos fomos arrastando ao longo das últimas décadas, esvaindo-nos completamente sem que nunca se tivesse tentado arrepiar caminho. Um dia, ouvi um antigo Ministro das Finanças dizer que se os nossos responsáveis políticos nos contassem o verdadeiro estado da nossa economia, no dia seguinte haveria uma revolução. Admito ter sido um exagero de linguagem (de ministro). Em boa verdade relembro-me de alguns que nos foram avisando, mas admito que não nos interessava muito acreditar em coisa tão negra. Igualmente um destes dias, um amigo nascido por volta de Revolução de Abril, culpava objectivamente toda uma classe política pela inconsequente orientação que tinham dado a Portugal, hipotecando assim o seu futuro pessoal e profissional. E com toda a razão!
Estranhamente os nossos múltiplos comentadores, analistas e políticos, desdobrados em patrióticos esforços para nos explicarem isto da Crise, primaram por ignorar algumas palavras/acções essenciais para a Mudança. Uma aposta na Inovação e no Trabalho, garantindo a criação de mais Riqueza e Emprego.
Será que trabalhar mais não ajudaria?

Francisco Vieira
Director Executivo da Insignare
In Jornal de Leiria 4 de Novembro de 2010

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Sessão Técnica com Catarina Nolasco


No passado dia 29 de Outubro realizou-se, na Escola de Hotelaria de Fátima, a Sessão Técnica “Novas realidades e novas competências pessoais e profissionais que uma profissão na área da Hospitalidade actualmente acarreta”, direccionada às turmas dos Cursos Profissionais de Recepção e de Turismo e ao Curso EFA - B3 - Empregado(a) de Andares, dinamizada por Catarina Nolasco, Chefe de Recepção e Assistente do Director do Hotel Vincci Baixa, em Lisboa e promovida pelo Centro de Formação Contínua. Num ambiente de descontracção abordou questões vitais do seu percurso profissional como alavanca para uma carreira de sucesso, dando o seu próprio exemplo.
Com apenas 27 anos, oriunda do meio rural e considerando-se não citadina, é licenciada em Turismo pela Universidade do Algarve e iniciou a sua carreira profissional como recepcionista de 2ª.
À medida que referenciava o seu percurso profissional, sobretudo em Espanha, foi transmitindo que a ambição é importante, mas é necessário muito trabalho e sobretudo reconhecer oportunidades, riscos e a importância da aprendizagem ao longo da vida.
Diversas foram as situações em que sentiu a necessidade de “abandonar tudo” e investir em algo diferente, algo com que se identificasse mais, que lhe desse mais prazer, pelo que por várias vezes tomou a iniciativa de sair do local de trabalho, dando como exemplo a sua curta estada no Hotel Vincci em Tenerife, onde aprendeu muito mas não se adaptou às pessoas e aos costumes da ilha.
Passou pela Iberostar – Hotels & Resorts, no sul de Espanha e pela Quinta do Lago; ao fim de 3 anos de trabalho, após a Universidade, decidiu voltar aos estudos, nomeadamente desenvolver o seu alemão, indo para a Alemanha. Era neste país que estava quando em Julho de 2008 foi convidada para ser Chefe de Recepção no Hotel Vincci Baixa, o primeiro da cadeia hoteleira Vincci em Portugal, devido à vasta experiência em Espanha, e como conhecedora do modelo de gestão dos Hotéis Vincci.
É uma cadeia espanhola de hotéis de 4 e 5 estrelas, representando um serviço de luxo e exigente, com presença em Espanha, Portugal, Tunísia e E.U.A., pelo que trabalhar nos seus Hotéis, designadamente como Assistente do Director de Hotel, é extremamente rigoroso - é necessário ver diariamente quais as tarefas a executar, a taxa de ocupação e quais as reclamações dos clientes, de forma a melhorar o serviço e de puder analisar os objectivos diários e mensais. É com base nesse trabalho que é possível vender o serviço do Hotel na Internet actualizando diariamente preços e disponibilidades.
Sendo a área da Hospitalidade um serviço com características próprias, que não fecha nem pára, é crucial que cada profissional reconheça que cada cliente é um cliente, e que num serviço de 4 ou de 5 estrelas os clientes são ainda mais exigentes. Por isso, é fundamental o espírito de equipa para que o cliente se possa sentir bem, “ninguém trabalha sozinho, se o trabalho da Governanta de Andares não ficar bem feito ou se o trabalho do Recepcionista não for bem feito, então o meu trabalho também não será bem feito”, acrescentou Catarina Nolasco.
Numa área em que se trabalha muito e onde os horários são complicados de conciliar com a vida familiar, é extremamente importante valorizar outros aspectos, como é o caso da possibilidade de levar ou ir buscar os filhos à escola, quando se tem horário das 15:00 às 23:00 ou das 07:00 às 15:00, respectivamente. Neste ramo é necessário a adaptação às especificidades do trabalho, bem como em qualquer outra área, porque as “coisas estão a mudar, já não há trabalhos de 2ª a 6ª feira das 09:00 às 18:00”, realçou.
Questionada sobre a polivalência, Catarina referiu que assume um papel importante no conhecimento genérico de todas as características de um serviço, permitindo uma melhor concretização das tarefas, sobretudo na resolução de futuros problemas. Exemplificou com uma situação de emergência onde soube identificar o problema com o tratamento de água da piscina de um Hotel, simplesmente pelo facto de anteriormente ter trabalhado na área da manutenção de piscinas. No entanto, considera que a polivalência não pode ser encarada como uma constante, pois cada pessoa tem uma função específica para a qual está motivada e na qual canaliza todo o seu empenho.
Muitas outras questões foram colocadas, nomeadamente sobre fardas, posturas, situações complexas de resolver, tendo partilhado com o público presente uma situação caricata com um cliente. Num determinado dia, quando um cliente chegou ao Hotel, queixando-se do voo da TAP, teve de despender algum do seu tempo para ser uma boa ouvinte, uma vez que, naquele momento, o cliente apenas pretendia alguém que ouvisse os seus “desabafos”. Após alguns minutos, e por se ter sentido que foi bem recebido, o cliente reservou 5 noites extra. Para além de oportunidade de negócio, este tipo de situações pode ainda representar o reconhecimento do desempenho de um profissional, uma vez que alguns clientes até chegam a enviar e-mails a agradecer a atenção prestada.
Relativamente à carreira profissional evidenciou que querer mudar não chega, é necessário fazer por isso, como foi o exemplo de um questionário que realizou com os seus colaboradores no qual alguém respondeu que ambicionava ganhar mais; no entanto, um ano depois, nada fez e nada de novo aprendeu para que isso acontecesse.
Neste sentido, é fundamental conhecer a realidade do mercado de trabalho, suas condicionantes e adaptarmo-nos às novas exigências, aspectos que Catarina Nolasco desde cedo soube reconhecer e que por esse motivo recentemente apostou ao frequentar e concluir um Executive Master em Gestão Hoteleira.
Por esta oportunidade de partilha de saber fazer e de saber estar a INSIGNARE agradece à excelente profissional que se deslocou à EHF.
Sandrina Henriques
Técnica de Formação/Mediadora de Curso EFA