terça-feira, 9 de agosto de 2011

A limpeza a seco


As lavandarias comerciais são aquelas que se dirigem directamente ao consumidor Normalmente implantadas em zonas comerciais oferecem diferentes tipos de serviços, desde a lavagem de roupas, tinturaria, passagem a ferro e limpeza a seco. Este último serviço é requisitado pelo cliente sempre que uma determinada peça não seja indicada para uma lavagem normal. Mas afinal, quais são as roupas que devem sofrer este tipo de procedimento e em que consiste a limpeza a seco? As roupas que devemos destinar para a limpeza a seco são todas aquelas que podem encolher, deformar ou debotar na lavagem com água. E ainda, todas as peças de roupa compostas por diferentes tipos de tecidos, que na dúvida de se comportarem de forma desigual quando molhados devem também ser limpos a seco. Se pensarmos no significado literal da expressão “limpeza a seco” seremos levados a imaginar que a sujidade (suor, gordura corporal e nódoas acidentais) desaparece se dissipando no ar como num passe de mágica. Contudo isso não é possível, não é possível limpar uma roupa sem a molhar! Ora para podermos libertar a roupa da sujidade teremos de a “transportar” através de um meio de transporte, que geralmente é a água. No processo de limpeza a seco substituí-se a água por um outro líquido, denominado solvente de limpeza a seco. O mais vulgar ainda utilizado em Portugal é o percloroetileno. Este solvente dissolve de imediato todas as manchas de óleo e gordura, não provoca encolhimento nem debota os tecidos. No entanto, não retira as manchas que são solúveis em água como as manchas de suor e de algumas bebidas, é também agressivo com adornos de plástico ou metal vulgarmente aplicados nas roupas, como é o caso dos botões e outros. Recentemente comprovado como tóxico e cancerígeno está a ser substituído por outro solvente sem toxicidade: o hidrocarboneto. Este solvente não tem restrições em nenhum país do mundo e é totalmente inofensivo para com o meio ambiente. Já é possível encontrar lavandarias onde esta tecnologia se encontre disponível, nomeadamente na zona de Leiria. Mas ainda são escassas, porque ao contrário de alguns países Europeus onde o percloroetileno já foi proibido, em Portugal e ao sector das lavandarias e aos consumidores deste serviço no geral, falta conhecimento e formação. A formação em lavandaria no nosso país é facilitada pelas firmas que vendem os equipamentos para o sector e não é certificada. Muito á a fazer ainda para dotar este sector das técnicas e dos conhecimentos necessários a uma actividade esclarecida e empenhada.
Ângela Flor
Formadora

terça-feira, 2 de agosto de 2011

A lavagem da roupa

O processo de lavagem da roupa está associado a vários factores como:
• A temperatura da água: a água quente amolece as sujidades e tem maior poder de dissolução;
• A duração do ciclo de lavagem:o aumento do tempo de lavagem beneficia as sujidades impregnadas;
• A acção mecânica: exercida pelo movimento do tambor da máquina possibilita a remoção de sujidades elimináveis por agitação;
• A acção química: desempenhada pelos detergentes e outros aditivos de similar importância é essencial em sujidades elimináveis por emulsão como o caso das gorduras, ou por descoloração no caso do café e do vinho, que tingem as fibras dos tecidos.
É do perfeito equilíbrio entre estes quatro factores que depende a tão almejada eficácia da lavagem juntamente com a garantia de protecção dos tecidos. Contudo, não há qualquer benefício no agravamento de nenhum destes factores. O aumento da temperatura acima dos 40º não beneficia a remoção das sujidades, o aperfeiçoamento dos detergentes para uso profissional atingiu um patamar que permite lavagens a temperaturas entre os 30º e os 50º com resultados completamente satisfatórios, respeitando os tecidos e diminuindo os custos de energia. O mesmo se passa ao nível do branqueamento com lixívia, a sua actuação é mais eficiente em água morna (cerca de 30º) do que em água fria, mas acima dos 35º desgasta os tecidos, diminuindo o seu tempo de vida útil.
Também a dosagem exacta dos produtos de lavagem garante uma maior vida útil às roupas e elimina desperdícios. A função dos equipamentos complementares como é o caso das bombas doseadoras, permitem a alimentação automática das máquinas de lavar. São sistemas de fácil instalação e manutenção que registam todos os dados operacionais, como o número de lavagens, os programas utilizados e a quantidade de químicos consumidos, o que permite controlar a cada momento o custo por quilo de roupa lavada.
Ângela Flor